Aos que virão!

Quer queiramos ou não, os mitos alimentam os nossos sonhos e justificam a nossa existência.
Este blog reverencia os mitos deste nosso Cariri Encantado.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tudofel: Uma infância feliz

Tudofel: Uma infância feliz: Graças ao meu bom Deus, até o momento, posso me considerar um sujeito de sorte. Todas as fases da minha já longa existência (afinal 4...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Tudofel: O poeta do concreto e sua 'belacap'

Tudofel: O poeta do concreto e sua 'belacap': Ontem por volta das nove da noite, fechei o livro que estudava e fiquei por uns segundos observando Djalminha Conduru trabalhando com...

Tudofel: BRock

Tudofel: BRock: Na minha cidade, há trinta e poucos anos, as opções de lazer e diversão eram até satisfatórias. O diacho é que a gente quer muito ...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Tudofel: Tempos de rock

Tudofel: Tempos de rock: Estamos nesse negócio de música desde o dia 21 de abril de 1500 . Ainda na barbárie da nossa tenra infância já nos deliciávamos ouvin...

Tudofel: Milagres acontecem: Ray Charles em Fortaleza e eu ...

Tudofel: Milagres acontecem: Ray Charles em Fortaleza e eu ...: Quando li a notícia que Ray Charles se apresentaria em Fortaleza, belisquei-me pra ver se não estava sonhando. Olhei ainda no calendá...

domingo, 2 de dezembro de 2012

Tudofel: Colégio Diocesano do Crato (epílogo)

Tudofel: Colégio Diocesano do Crato (epílogo): Nesses últimos dias andei publicando aqui neste blog e no Facebook umas postagens sobre o Colégio Diocesano do Crato, relembrando...

sábado, 1 de dezembro de 2012

Tudofel: Colégio Diocesano: a saga continua

Tudofel: Colégio Diocesano: a saga continua:  Normalmente, quando atingia o curso científico, que hoje corresponde ao ensino médio, o cratense ia estudar na capital, em Fortalez...

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Tudofel: Colégio Diocesano, 8 "A"

Tudofel: Colégio Diocesano, 8 "A":   E m 1978 passei para a 8ª série "A", apesar do rigor metodológico e matemático do professor William. Fiquei na mesma turma de Vice...

Tudofel: Colégio Diocesano do Crato

Tudofel: Colégio Diocesano do Crato: O Colégio Diocesano era uma referência em educação básica do interior nordestino. Meio secular, tinha recentemente comemorado o marc...

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Tudofel: Our sweet George

Tudofel: Our sweet George: Há exatos 11 anos era uma sexta-feira. Tinha acordado com uma baita ressaca e fiquei em casa, gravando umas fitas cassetes com uns d...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Tudofel: Soy loco por ti, Bananeiras!

Tudofel: Soy loco por ti, Bananeiras!: A minha cidade do coração é Craterdam. Só que Cratedam não é uma cidade real. Ela é ideal. Das cidades reais, o Crato, minha cidade...

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tudofel: A passagem do médico-revolucionário Hass Sobrinho ...

Tudofel: A passagem do médico-revolucionário Hass Sobrinho ...: Em novembro de 2008, juntamente com meu irmão Armando e meu cunhado Zé Bento, fiz uma viagem ao sudoeste do Maranhão e  à Araguaína, no T...

sábado, 24 de novembro de 2012

Tudofel: Menina real

Tudofel: Menina real: O dia estava mais quente ainda. Teresina, afinal. 1994. Maternidade Evangelina Rosa. Portanto duas rosas a receberam na luz deste...

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Tudofel: As 'pérolas' da Rolling Stone

Tudofel: As 'pérolas' da Rolling Stone: Somente agora tive acesso à revista Rolling Stone de outubro, edição especial de seis anos de aniversário da versão em português. Cap...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Tudofel: Janinha ou Joplin?

Tudofel: Janinha ou Joplin?: Geraldo Urano, poeta maior, escreveu um verso, em um poema em prosa intitulado Craterdã (foi a primeira vez que ele citou esse ne...

Tudofel: A Turma do Parque

Tudofel: A Turma do Parque: 1983, como diz um chavão, foi um ano de graça. Foi quando lançamos o jornal Folha de Piqui e retomamos o Salão de Outubro. Foi quan...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Tudofel: Seu Jefferson e o Sítio Fundão

Tudofel: Seu Jefferson e o Sítio Fundão: Quebradas era como a gente se referia a alguns locais que costumávamos frequentar em bando . A denominação por si é sugestiva, indic...

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Tudofel: Arqueologia do vinil

Tudofel: Arqueologia do vinil: Sou do tempo do disco do vinil ou do LP, como assim se abreviava o termo Long Playing da mesma forma se abrevia hoje Compact Disc par...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tudofel: Escutando a maioria silenciosa

Tudofel: Escutando a maioria silenciosa: Tinha acabado de comprar a biografia de Keith Richards – Vida – e ainda estava nas primeiras páginas quando entrei despretensiosament...

Tudofel: Os Brilhos e mistérios de Don Tronxo

Tudofel: Os Brilhos e mistérios de Don Tronxo: Don Tronxo, cujo nome de batismo é João Fernando, é uma dessas lendas urbanas. Nasceu em João Pessoa, mas cedo se radicou nas swingin...

sábado, 3 de novembro de 2012

Tá chegando a hora. Agendem-se!




Lenine abre 14ª Mostra Sesc Cariri de Culturas

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   Seg, 29 de Outubro de 2012 16:00
Lenine / Foto: Hugo Prata 
“Isso é só o começo” – canção que abre e fecha o novo show de Lenine, intitulado Chão, dá o tom perfeito à nova fase da turnê. Desde março deste ano, o espetáculo foi visto em mais de 20 cidades brasileiras, passando também por Chile, Argentina e Uruguai. No dia 8 de novembro, o cantor estreia no Crato apresentando a turnê, na abertura da 14ª Mostra Sesc Cariri de Culturas. O show acontece na RFFSA, às 22h, e é aberto ao público.

Em junho, foi a vez do lançamento europeu, com apresentações em Paris, Toulouse, Milão e Vienne. De volta ao Brasil, Chão recomeça seu giro nacional por Paraty, abrindo a décima edição da FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty.


Com direção musical do próprio Lenine, em parceria com Bruno Giorgi e JR Tostoi, o show tem em cena os três num espaço repleto de instrumentos e equipamentos eletrônicos, responsáveis por reproduzir os ruídos orgânicos que permeiam nove das dez faixas do disco, como “Chão” (Lenine / Lula Queiroga), “Envergo mas não quebro” e “Isso é só o começo” (Lenine/Carlos Rennó).

Juntos, Lenine, Bruno e JR Tostoi ainda têm a incumbência de transpor os sucessos do compositor – indispensáveis – para essa nova atmosfera. “Jack Soul Brasileiro”, “Leão do Norte” (Lenine/Paulo César Pinheiro) e Paciência (Lenine/DuduFalcão) são alguns deles.

Paulo Pederneiras, diretor de arte do espetáculo, criou um cenário em tons vermelhos, que ocupa apenas o chão da caixa cênica, em contraste com o entorno totalmente negro.  Três lâmpadas simples, uma sobre cada um dos músicos, compõem a cena. À equipe de Paulo somam-se Fernando Maculan e Gabriel Pederneiras.
Lenine / Foto: Beto Figueiroa
Lenine / Foto: Beto Figueiroa

Para Lenine, levar Chão ao palco é mais do que simplesmente tocar as canções do álbum. A ideia é ambientar o espaço com os sons como o canto do canário belga Frederico VI, o ruído ensurdecedor das cigarras no verão da Urca, a agoniada derrubada de uma árvore por uma motos serra, entre outros.

Chão, produzido e tocado por Bruno Giorgi, JR Tostoi e por Lenine, é o décimo álbum de carreira do cantor e compositor. Numa evidente opção estética – instigada pelo canto de um pássaro, que invadiu a gravação de uma das faixas - o trabalho revela-se “eletrônico, orgânico e concreto”, com dez músicas inéditas, imersas na delicada intimidade de ruídos sem edição.

“No início, havia apenas a palavra e meu principal significado de chão: tudo aquilo que me sustenta. Chão, quase onomatopeia do andar – que soa nasal, reverbera no corpo todo. É pessoal, passional e intransferível” – conta Lenine, explicando como surgiu a inspiração para o nome do disco e, consequentemente, da turnê.

SERVIÇO
Turnê Chão – com Lenine

Local: RFFSA (Crato)
Data: 8/11
Horário: 22 horas

sexta-feira, 2 de novembro de 2012



“A mim me interessa o povo, há três séculos capado e recapado, sangrando e ressangrando”. (J. Capistrano de Abreu).


Meu Caro J. Flávio Vieira
Como escritor lhe saúdo neste momento, assim o quis os meus pares desta casa.
Não se considerem desonra as minhas palavras direcionadas para afirmação da inexistência, até a pouco, de alguém, cuja escrita desse conta das dimensões da cultura, dos costumes e da história criados pelo nosso povo. Temos sim, um legado de muitos excelentes escritores, oriundos principalmente da fase áurea dos anos 50, quando a confluência das bases materiais e humanas da época criaram as condições para se pensar e fazer a literatura e a história regionais.
No entanto, o discurso histórico sobre nossas origens valeu-se dos documentos e monumentos produzidos sob a ótica eurocêntrica de viés evolucionista, e em nenhum momento alguma voz se atreveu a palmilhar a difícil senda de uma história a contrapelo. Se assim o fizesse, denunciaria os fundamentos da História marcadamente positivista e mistificadora das verdades do vencedor. Descobriria o quanto de ruínas trouxe a ideologia da aceleração do tempo histórico, embutidos na ânsia de “civilizar” povos distantes dos centros de poder. E como esse processo onde se alinhavam as ideias dominantes do Reino e da Religião engendrou um mundo desintegrado da voz, da vez, do tudo ou do nada do outro.
A Literatura em suas diferentes linguagens acompanhou de certa forma esta racionalização. Sobram apologias, loas e legitimação aos feitos do branco colonizador. Quando se procura de alguma forma enaltecer a positividade de nossos povos ancestrais, no caso, os índios, invoca-se uma condição nula para os primeiros donos daqueles tristes vales: a de guerreiros. Ora, quem fez a guerra não foram eles. Os nossos indígenas foram compelidos a ela. Em condições absurdamente desvantajosas partiram em defesa de sua sobrevivência. Sobrevivência que falou mais alto quando serviram a forças públicas ou privadas em defesa de interesses que não eram os seus. Nela, (na literatura) somo felizes, gentis, passeamos entre canaviais, nos compadreamos com nossos patrões, os grandes nos permitem a sombra... Este ideal de igualdade mascara a hierarquia que se implantou na nossa organização social, para dizer que as coisas estão todas em seus devidos lugares. Então, para que o enfrentamento no plano da crítica histórica e literária?
Louve-se de bom grado o discurso da Literatura de Cordel. De certa forma a Literatura de Cordel foge desse viés consensual quando exprime, à guisa de reportagem, o drama do sido confrontado na trama da utopia e da realidade. Aqui a narrativa põe para enxergar “o outro olho de Lampião” da História, metáfora para dizer que o que estava ofuscado na narrativa da História do vencedor, de repente aparece translúcido e falando, e dizendo, porque foi trazido para isto pela coragem do escritor que se desvencilhou das amarras ideológicas da História de mão única. Aqui aparece a festa, a alegria, a maldade e a bondade dos desejos humanos porque quebra o plano de uma história única e permite a inserção de outras histórias, onde se encontra a realização da utopia.
Nesse plano de circularidade plena dos personagens do sido ou do acontecido, ou seja, do outro reprimido pela História, acredito situar-se a escrita do homenageado, o escritor cratense J. Flávio Vieira. Essas observações, currente calamo, sobre a narrativa cordelista, no meu entender, estão presentes na obra de nosso escritor.
E mais: Ele entroniza na Arte Literária em nosso meio a outra forma de dizer o mesmo. Para tanto adota com muita sabedoria um instrumento da Arte Literária – a alegoria (*), justamente no sentido de “dizer o outro”. E assim o fazendo ilumina a História, confere brilho ao que era opaco, desencanta o que estava encantado,  introduz a alegria do outro, -  do outro que não conta, mas estaria ali ajudando na construção de Tebas, na construção  da Cidade de Deus, na construção de Aimará, de Matozinho, de  Craterdan;  o outro  de carne e osso, que fala, que age e que faz esta terra onde “há lugar para todos aqueles de boa vontade”, porque foi trazido para isto pela coragem do escritor que se desvencilhou das amarras ideológicas da História de mão única. 
Essa passagem de seu livro “O Mistério das treze portas no Castelo Encantado da Ponte Fantástica”, quando a serpente fala para um atônito Mateu, solitário de uma história que se realizou como utopia, é exemplar:
Mateusss, o que dá alma a um Reino não ssão os prédiosss, as roçasss, os pássarosss, os riosss. Nem o povo. Muitosss habitantesss não têm uma identidade própria e, como uma cabaça sssolta no rio, ssseguem, sssem parar, o curso das águasss. Um Reino, como uma pessoa, precisa de um essspírito. E quem preenche o essspírito de um Reino sssão figurasss encantadasss e especiaisss: poetasss, profetasss, beatosss. São elesss que guardam consigo o encantamento de um reino. Essesss são a chave de sssuas  alegrias e de sssua felicidade”... E conclui: “Encantadasss todasss  asss pessoasss mais importantesss Aimará ficou sssem sssuas fadasss e ssseus duendesss e, sem elesss, o Reino perdeu a cor, o aroma e o sabor”.
Eis a grande contribuição do autor para a reflexão da interface da Literatura e História: a flexibilização da narrativa para concretizar outras possibilidades do que poderia ter acontecido. Com isto, aparecem os outros, “todos os outros possíveis à História, tornando, ‘possíveis’ até mesmo os impossíveis da História”.
Finalizando, os escritos J. Flávio Vieira tem necessariamente um refinamento da visão antropológica sobre as coisas do mundo, naquilo que ela tem de mais includente – o servir para pensar. O que ele propõe e o que exprime através de seus personagens, para mim, expressa o sentimento de um escritor que não tem lados, mas que tem princípios.

                                                   Prof. e Historiador Zé  Nilton Figueiredo

(*) O conceito de Alegoria segundo Walter Benjamim

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Tudofel: Um arco-íris no Céu

Tudofel: Um arco-íris no Céu: Quase todas as recordações acerca de Normando Rodrigues são aprazíveis, contornadas de alegria, diversão e, principalmente, de lições...

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Tudofel: Faça teatro, mas não me peça para escrever a peça

Tudofel: Faça teatro, mas não me peça para escrever a peça: Certo dia bateu em minha porta um garoto franzino, aparentemente tímido, mas dono de um olhar expressivo e revelador de sua verve artís...

domingo, 28 de outubro de 2012

Tudofel: Cristiano de Mombaça, um cidadão do mundo

Tudofel: Cristiano de Mombaça, um cidadão do mundo: “ Cristiano nasceu em Mombaça, cidade do sertão sul do Ceará. Recém-nascido, foi roubado do posto de saúde onde tinha sido expelido na...

sábado, 27 de outubro de 2012

Tudofel: Carregando um balaio de cultura na cacunda

Tudofel: Carregando um balaio de cultura na cacunda: A música pop brasileira conheceu em 1994 uma agradável novidade, o lançamento do disco Da lama ao caos, da banda recifence Chico Scie...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Tudofel: No tempo dos festivais

Tudofel: No tempo dos festivais:   Qual o cratense com mais de quarenta anos que não tem uma lembrança, mesmo que tênue, dos festivais de música que aconteceram no ...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tudofel: A breve carreira dos Papa-figos

Tudofel: A breve carreira dos Papa-figos: Os Papa-figos passaram como um meteoro. Os que os viram até poderiam, seguindo a tradição, ter feito um pedido: “ nunca mais querem...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Tudofel: O pós-Lerfa Mu

Tudofel: O pós-Lerfa Mu: Ao fim do Lerfa Mu, em setembro de 1990, seguiu-se uma debandada. Calazans Callou mudou-se para Recife. Lupeu, depois de demitir-se d...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Tudofel: Lerfa Mu no estúdio (cadê Lupeu?)

Tudofel: Lerfa Mu no estúdio (cadê Lupeu?): Nosso alojamento na Apeoc ficava no terceiro e último andar. Nesse pavimento, na verdade, havia um único quarto, aquele onde estávamo...

domingo, 21 de outubro de 2012

Tudofel: O lançamento da OCA (a repercussão)

Tudofel: O lançamento da OCA (a repercussão): Após a intervenção teatral que abriu a programação do lançamento da OCA, o clima ficou um pouco estranho. Velhinhas carolas deixando ...

Tudofel: O lançamento da OCA (o sacrilégio)

Tudofel: O lançamento da OCA (o sacrilégio): No domingo, 3 de maio de 1986, acordamos cedo. O ponto de apoio, a guisa de camarim, era a casa de Fatimona, uma socióloga recém-chegada ...

sábado, 20 de outubro de 2012

Tudofel: O lançamento da OCA (as maquinações)

Tudofel: O lançamento da OCA (as maquinações): O dia 3 de maio de 1986 marcou o lançamento oficial das Officinas de Cultura e Artes & produtos derivados – OCA. A data, que caiu em um...

Entrevista com Abidoral Jamacaru (edição 30 d'O Berro, ano 2000)

Arquivo Cariri # 18 | O Berro nas antas # 14


(Show no Dragão do Mar, Fortaleza. Foto de arquivo cedida por Abidoral Jamacaru)

Hoje, dia 21 de junho de 2012, quando o município do Crato completa 248 anos de emancipação política, resolvemos buscar no nosso arquivo uma entrevista com um ilustre filho cratense, o cantor e compositor Abidoral Jamacaru.

A entrevista aconteceu no ano 2000 e foi publicada na edição 30 da versão impressa d'O Berro (de novembro daquele ano). Àquela época, Abidoral Jamacaru havia lançado apenas o LP Avallon, em 1986 (em 2000 ainda não havia a versão em CD, lançada alguns anos depois), e o CD O Peixe, em 1998. E só viria a gravar outro trabalho em 2008, o CD Bárbara.

O bate-papo com Abidoral foi descontraído e durou horas, rendendo um vasto e rico material. E de tão extensa que foi a conversa, tivemos que fazer uma seleção de apenas alguns momentos. Confira.

por Hudson Jorge, Luís André Bezerra e Ythallo Rodrigues
participação de Cícero Oliveira (in memoriam)


O BERRO: As músicas de seu primeiro LP, Avallon (1986), foram bem mais executadas e divulgadas do que as músicas do CD O Peixe (1998). Qual a comparação que você faz entre as duas épocas?
ABIDORAL JAMACARU: É que antigamente a região era muito carente de alguém que a representasse, então um artista sair do Cariri e gravar no Sul era um motivo de orgulho para a região. E gravei no Sul naquela época, o que era dificílimo. As pessoas também já tinham criado a expectativa de quando eu gravaria o primeiro disco, porque fiquei bastante conhecido no período dos Festivais, isso fez com que as rádios tivessem aquela receptividade. Outra coisa que facilitou é que nas rádios daqui não existia tão forte a disseminação do jabá. Aí quando cheguei com meu trabalho O Peixe, depois de 12 anos, já não foi mais a mesma coisa. Mas aos poucos eu fui brigando, fui insistindo. O disco terminou aparecendo depois, mas não foi como na outra vez. As rádios comunitárias tiveram um papel importante na divulgação de O Peixe porque, embora as ainda não tenham vindo como a gente esperava, ainda são uma alternativa. Por exemplo, foi em uma rádio comunitária que fiz uma das entrevistas mais bonitas, com o Ciço Gnomo na Rádio Santa Quitéria. Por esse período também Chico César passou por aqui [no Cariri], falou de mim, depois chegou Zeca Baleiro e falou alguma coisa, a Cássia Eller quando veio para o Chama falou de mim. Então, o disco devagarzinho foi aparecendo e hoje ainda está rodando.

Você chegou a participar daquele [evento] Chama?
Eu fui até usado pelo Chama. Garantiram-me uma participação e me escolheram pra ser o presidente do júri. Eu trabalhando para o Chama o tempo todinho e não cobrei nada por isso. Perdi um show que tinha marcado para a Paraíba e deixei de marcar um em Fortaleza, em função desse daqui. E quando foi no dia eles cortaram meu show. Eu tive prejuízo nessa história toda. Não é que eles não me pagaram, até porque não cheguei a tocar, o problema é que deixei de fazer dois shows, três com o que seria aqui.

Voltando à questão entre Avallon e O Peixe: no que se refere a espaços para shows aqui no Cariri, qual a diferença entre as duas épocas?
A questão é que aqui tem uma cultura de se fazer show em bar que termina não sendo um show, mas sim uma música de entretenimento, porque você vai tocar músicas de pessoas conhecidas. E existem até os chavões: é muito difícil em qualquer bar não estar tocando Djavan. Teve um tempo que era só João Bosco, outro que era só Caetano Veloso. Então eu não vou sentar lá e cantar esse pessoal porque tenho uma obra a mostrar, tenho propostas. Posso até tocar um cara desses, porque vale a pena quando [a canção] é bem feita, bonita, mas não vou fazer todo um show em cima deles.

E na época do Avallon você se apresentava muito aqui?
Sempre tive muita dificuldade de fazer apresentações aqui no Cariri. É uma luta de muito tempo. Teve um tempo até que fui perseguido, pela questão política, no tempo da repressão. Não explicitamente, porque não havia nenhuma prova contra mim. Mas nesse período, inclusive, cheguei a ser preso. Eu estava tocando numa barraca na Exposição onde ficava a oposição, que naquele tempo era o MDB, que deu origem ao PMDB.

Quando foi isso mais ou menos?
Década de 70, acho que 76. Era Médici [na realidade, Médici foi presidente até 1974, em 1976 a presidência estava com Geisel], que jogava duro mesmo. Aí nesse período estava tocando na barraca informalmente, dando força a um cara que estava fazendo um trabalho de pesquisa sobre o Caldeirão. Então a polícia foi lá, bateu e prendeu todo mundo. Tiveram que me soltar logo, não tinham nenhuma prova contra mim. Mas, resultado: quando saí da cadeia nesse período sofri uma marginalização muito grande aqui no Crato, até os pais de alguns amigos os proibiam de andar aqui em casa, com medo dessa história todinha. Surgiu um boato que me prejudicou muito tempo, de que eu era um cara perigoso, usava drogas e que pervertia os jovens (risos). Foi tudo bolado pra criar uma imagem negativa em cima da minha pessoa, porque, de qualquer maneira, eu aparecia muito e naquele tempo não queriam ninguém que aparecesse e pensasse alguma coisa.

Aqui na época tinha núcleo do MDB?
Tinha um pessoal de resistência aqui. O MDB na verdade não era um partido, e sim um saco de alternativas. O PCzão e o PC do B existiam na clandestinidade, não podiam legitimamente concorrer à eleição. E qualquer pessoa que se manifestasse contra aquele regime, ainda que não fosse filiado a um desses partidos, era taxado como uma pessoa subversiva, de princípios religiosos duvidosos, de uma moral comprometida, porque antes de tudo não era um nacionalista. Tinha até aquele slogan: “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

E comiam criancinhas. (risos)
E mais coisas: que a bandeira vermelha era a bandeira da guerra... Era tanta besteira, bobagem. Mas todas aquelas pessoas que não podiam se candidatar com suas ideologias próprias, entravam no MDB. E digo que era um saco de gatos. É tanto que dizem que Dom Paulo Evaristo, depois que houve a Anistia, escreveu um livro em que citou que a esquerda do Brasil só se unia na cadeia (risos). Então é em cima dessa afirmação que ainda hoje ela briga entre si. Quando ela está se juntando aí surge um partido mais radical e já nega tudo aquilo que os outros estão dizendo e rompe, é uma cisão. Mas tudo bem, o importante é que existam pessoas lutando e todas elas têm a intenção de que o país melhore. A ditadura tinha uma eficiência nas ações dela. E uma das eficiências foi a de apagar a memória do brasileiro. Todos foram anestesiados com festa e não sei o que mais lá.

Pão e circo...
Pão e circo, que é uma tática antiga. O filme O Gladiador já mostra bem essa transação. Houve isso, e ainda hoje eles tentam com essas vaquejadas (risos gerais). A Brahma bombardeia e quando você sai de uma vaquejada já estão anunciando outra. Que coisa terrível, né? E os vaqueiros agora são tudo filhinho de papai (risos), atrás de um prêmio que é um carro ou as coisas mais absurdas do mundo.

As pessoas passam toda a semana de terno e gravata e quando chegam no fim de semana colocam a bota e o chapéu de vaqueiro.
O pior é que não é chapéu de vaqueiro, é aquele chapéu de massa, copiando o americano. É a moda country. A coisa mais aberrante do mundo, mas tudo bem, no meio disso tudo tem pessoas como vocês [d'O Berro], que estão aí querendo sabatinar, né? (risos). E sempre tem essa moçada que segura a onda, isso é legal. Isso é o que nos dá a esperança de continuar, de batalhar e de perseverar com esse trabalho, procurando fazer o melhor possível cada vez mais.

Voltando à questão do show. Não existem bons espaços aqui para mostrar seu show? Tem um espaço agora super interessante que é o Navegarte, do Salatiel, que sempre teve boas ideias e vem trabalhando há um bom tempo com a cultura. O que está faltando para a região [do Cariri] melhorar nessa questão? Pois temos excelentes músicos.
O que Salatiel fez pela cultura, pelo menos aqui no Crato, foi o que todos os Secretários de Cultura que já estiveram por aqui não fizeram. Porque ele sempre fez um trabalho incondicional, bem feito, bem pensado e com honestidade. E com o Navegarte ele está procurando ainda criar uma estrutura para agir nesse aspecto. Ele vem agindo de certo modo, mas não é ainda como ele pretende. Ele pretende fazer um polo cultural lá, para que seja um espaço alternativo para todas aquelas pessoas que honestamente pretendem fazer uma arte, respeitando a estética e o conceito de construtivo. Então, ele abre esse espaço nesse sentido e eu acho muito importante.

Seria possível uma organização dos artistas do Cariri? Reunindo tanto a nova geração como os artistas que já batalham por espaço há algum tempo?
É muito difícil, mas é possível e seria uma boa saída, desde que ela tenha consciência, maturidade, porque tudo hoje funciona em grupo. Tem que funcionar dessa forma, porque o sistema imantado aí é muito forte, com tudo voltado para a questão do consumo daquelas pessoas que estão no ápice da pirâmide. E quem está concentrando essa renda domina todos os espaços e ela veicula o que quer, e a única saída seria essa união. Agora, até acontecer isso tem muita briga, pois é muito comum o jovem ainda não ter maturidade suficiente para entender a seriedade dessa reunião ou às vezes tem uns que se destacam com certo trabalho e o ego o desequilibra um pouco. Mas, por outro lado, o jovem tem aquela coisa do ímpeto, de acreditar mais, de lutar mais, entrar na ativa. E sempre no meio da turma tem um pessoal legal. É essa utopia saudável. Porque utopia é o lugar aonde não se chega, mas é lá que você objetiva e passando pelo caminho faz um monte de coisas.

Vemos a atuação de grupos isolados aqui na região e, muitas vezes, ao invés deles estarem unidos, ficam atacando uns aos outros. Como é que você vê essa separação?
Crítica ninguém evita, principalmente quando se está começando um trabalho e ele ainda não está amadurecido. Você pode ser até uma pessoa inteligente e ter ótimas idéias, mas você é vulnerável, porque você tem muito o que aprender, e muitas vezes o artista novo não aceita críticas. Eu mesmo não aceitava, reagia imediatamente, porque meu ego estava lá em cima. Quando comecei diziam que eu era inteligente, que eu era um artista, então meu ego subiu e, se alguém me criticasse, eu ficava aborrecido. Então, uma vez que nós artistas já somos carentes pela própria situação, terminamos na luta pela sobrevivência, um pisando em cima do ombro do outro para poder respirar. Isso acontece muito. A questão é com o tempo amadurecer e deixar isso de lado, porque na verdade está todo mundo no mesmo barco.

OLIVEIRA: Você acha que o som que fez no disco O Peixe é o mesmo que você fazia ou sempre fez?
Minha liberdade de criar eu prefiro não defini-la. Porque você acaba sendo um acúmulo de conhecimentos que vai adquirindo. Aí vai acrescentando no meio dessas coisas o estilo que você sempre sabia. E se você ficar se policiando por um estilo perde tudo isso. O meu trabalho talvez não tenha ficado envelhecido porque tive a liberdade de trabalhar como se fosse um trabalho atemporal. Com os pés no chão, mas não deixo de olhar pro céu, o espaço é infinito por aí.

OLIVEIRA: Estou perguntando isso para justamente fazer outra pergunta. Por exemplo, atualmente o que predomina são as fusões, fusão como as pessoas entendem hoje. Um exemplo: fazer um samba misturado com música eletrônica, misturado com rock, etc. Porque isso está “na crista da onda” e se não fizer “fica ultrapassado”.
Não existe essa cobrança de fazer isso, existe a questão de você se sentir bem sozinho. Quando parte do princípio da cobrança você passa a ser coagido e não é saudável.

OLIVEIRA: Já existiam aqueles cantos árabes, aí alguém vai e coloca uma batida eletrônica e explode no mundo todo...
Fundir ritmo com ritmo existe de duas formas. Existem os oportunistas e outros que pensam o seguinte: “eu tenho esse conhecimento dentro de mim, eu senti isso, e por que não vou me dar isso?”. Botar isso pra fora!. “Vomitar” no bom sentido. Por que estar me policiando? Eu não sou um purista. Não sou de fazer aquela música brasileira pura, eu gosto da irreverência do rock, da profundidade do jazz, da música erudita pelo seu manancial que hoje serve para todo mundo, que é você mexer com escala acromática...

Fala um pouco sobre o grupo Nessa Hora, que você tinha na década de 1970. Como era o som dele...
Nos anos 70 existiam uns festivais de música que revelaram muita gente boa do Cariri. Meu irmão, o Pachelly [Jamacaru], tem idade de ser meu filho (risos), mas ele só vivia no meu pé, aquela coisa de louco pelo trabalho. Peguei ele e mais dois amigos seus, na faixa de 13 ou 14 anos, e eu já com quase trinta, falei: “vamos formar um grupo diferente”. Mas Pachelly disse: “a gente não sabe nem tocar!”. Eu disse: “aprende!”. Aí eu ficava aqui dentro de casa na semana, com esses três meninos. E passamos quase um ano ensaiando. Nesse tempo eu estava com tanta raiva dessa história de todo mundo definir que “música boa era essa, música boa era aquela”, que combinei com os meninos de a gente não ouvir mais rádio, não ouvir mais disco de ninguém. E a gente descobriu som em tudo... A gente batia na porta e dizia: “A porta tem som”. Então, vamos aproveitar o som desta porta! Saímos fazendo experiência com tudo. A gente chamava o grupo Nessa Hora porque foi o grupo “nessa hora” que decidiu. Como terminamos esse trabalho, pintou um Festival, então entrei com esse grupo cheio de meninos e fomos cantar uma música chamada “Margem Virgem”. Pachelly com o pífano, que tinha aprendido com os Aniceto, mas também cheio de informação de Jethro Tull, era uma misturada danada. Vinha Aldízio e Paulinho misturando as percussões dos “reisados” com Djalma Correia, Naná Vasconcelos, etc. Tínhamos a liberdade trabalhar com o que era bom. Então entramos no festival com essa música “Margem Virgem”. Quando a gente tocou, a quadra ficou parada, todo mundo sem entender nada (risos). Uma letra hermética, avançadíssima, meio filosófica, com um som experimental, mas ao mesmo tempo gostoso, ritmado, porque tinha alguma coisa da música russa, foi uma salada danada, que causava um impacto, uma surpresa. E o resultado? Batemos o recorde do festival: ganhamos a melhor música, o melhor arranjo, o melhor intérprete, melhor letra. Até a gente se surpreendeu, porque a gente não esperava.

E os meninos aprenderam a tocar? (risos gerais)
Claro! Aldízio vive hoje tocando no Japão, não sei mais onde, ele é chamado de Aldízio Tapioca; Chico Carlo que, também chegou a tocar com a gente, está tocando com Almir Deodato nos Estados Unidos; Paulinho toca com um grupo de rock da pesada, em São Paulo; e Pachelly tem um trabalho do qual vocês já tomaram conhecimento. A não ser os cantores, um deles foi assassinado e o outro é sobrinho de um candidato a prefeito, e esse desandou mesmo (risos gerais).

Era bom ficarmos falando das coisas boas mas, de lá pra cá, e principalmente atualmente, o que é ruim incomoda bastante. Você não tem televisão em casa, é menos bombardeado com essas “más influências”, mas como é pra você saber que aquele espaço poderia ser seu? Pois lá o que tem é gente se passando por artista.
Não tenho mais a ilusão de que a boa música vá ocupar o cenário brasileiro, porque a minha opção foi de estar bem comigo. Então, num país em que o mercado fonográfico é considerado o sexto do mundo, se não me engano, e que todas as grandes gravadoras que estão aqui são multinacionais, nenhuma delas tem compromisso com a cultura, mas sim com o faturamento. Então não acredito, a não ser que a boa música venha a ser um modismo...

Que acaba tendo seu lado prejudicial...
Mas se vier deixa alguma coisa boa.

Já pensou Gugu ali na banheira apresentando Abidoral, Chico Buarque, Hermeto Pascoal, todos na banheira caçando sabonete? (risos gerais)
A gente ia imitar os índios, tem o nu puro (risos). Os índios fazem isso com a maior pureza. Eu iria lá cantar nu, sem maldade nenhuma (risos). Mas quanto à nudez, que coisa mais bonita era a nudez do índio, a pureza acima disso tudo, sem maldade.

O nome de seu CD, O Peixe, é o título de um poema de Patativa do Assaré. Você tinha quatro nomes pra escolher e sua intenção foi a de simplesmente homenagear o grande Poeta do Sertão?
Olha, aqui na região ele "já existe" há décadas, e de uns anos pra cá é que o descobriram e ele estourou no mundo inteiro. Mas eu já tinha conhecimento de Patativa desde criança, porque ele era cliente do armarinho de meu pai. E tive a felicidade de que esse armarinho tivesse uns clientes importantes, com quem eu convivia. Um era Luiz Gonzaga, o outro Patativa do Assaré, e Cego Oliveira, os [Irmãos] Aniceto...

Quando foi isso mais ou menos?
Meu pai foi comerciante de 1927 até o final da década de 60 e início de 70. Há muito tempo, então, conheço Patativa. Quando ele estourou apareceu muita gente fazendo parceria e, quando ele percebeu que tinha muita gente em cima de seu trabalho, fez um poema chamado “Cante lá que eu canto cá", chamando bem a atenção: "poeta lá da cidade cante suas coisas lá que eu canto minhas coisas aqui do sertão”. Eu tinha vontade de fazer parceria com ele e recuei, voltei atrás. Quando foi outro dia, li "O Peixe", aí se você percebe direitinho, a letra é bem elaborada e de certo modo meio erudita. Os primeiros versos dizem assim: "tendo por berço o lago cristalino / folga o peixe a nadar todo inocente / medo ou receio do porvir não sente / pois vive incauto do fatal destino / se na ponta de um fio longo e fino / a isca avista ferra-a inconsciente / ficando o pobre peixe, de repente / preso ao anzol do pescador ladino". Uma linguagem que vinha até a cidade. Eu disse: "aí eu posso cantar" e aproveitei, já que me chamaram para cantar numa dessas homenagens e a homenagem que achei foi a de musicar esse poema. Não estava nem pensando em gravar o disco ainda. Então, quando o disco apareceu, eu gravei e veio a questão do nome. Por que o nome O Peixe? Comecei a notar que havia uma série de fatores. Nós estamos terminando a Era de Peixes e entrando na Era de Aquários, e Aquário é aquele que dá comida aos peixes.

E a capa, retrata o fóssil?
A capa é também sobre os fósseis, que são nossas riquezas do conhecimento histórico, que dão uma importância muito grande à região do Cariri.

E que por sinal estão sendo roubados...
Pois é, estão sendo roubados. E todas essas coisas se somaram e vieram dizer que o nome do disco seria O Peixe.

Tudofel: Uma OCA para uma tribo

Tudofel: Uma OCA para uma tribo: No início de 1986, conseguimos reunir um grupo de pessoas que tinha em comum uma proximidade com a arte ou com movimentos artísticos....

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Tudofel: O tempo partido

Tudofel: O tempo partido: Temos a mania de despedaçar nossos objetos de análise para melhor estudá-los. Por isso, geralmente, os escritores facilitam essa tare...

Tudofel: O espírito da época

Tudofel: O espírito da época: Para mim, os anos 80 começaram e terminaram com perdas, envolvendo dois heróis da classe operária e, na época, meus heróis em particu...

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Tudofel: O sonho começou

Tudofel: O sonho começou: Lupeu certa vez disse: os anos 80 foram os nossos anos 60 .  No que diz respeito a uma experiência hedonista, ele tinha razão....

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Tudofel: Uma guinada na vida

Tudofel: Uma guinada na vida: Foi bem no início dos anos noventa que comecei a tomar decisões estratégicas. Afinal, já não era mais nenhum adolescente inconsequent...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Tudofel: Um dom no meu caminho

Tudofel: Um dom no meu caminho: Em Petrolina, um senhor de cerca de 60 anos, cabelos grisalhos e gestos tanto singelos quanto nobres, entrou no ônibus em que eu...

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Tudofel: Um encontro musical na ONG Beatos

Tudofel: Um encontro musical na ONG Beatos: Foi Calazans que sugeriu, durante o ensaio de sábado à noite: amanhã vai ter um encontro de músicos na Beatos e depois vai rolar uma jam...

domingo, 14 de outubro de 2012

Tudofel: O último concerto de rock

Tudofel: O último concerto de rock: Foi com este título épico que Martin Scorsese denominou o filme que registra o último show do The Band, lendária banda canadense, oc...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Tudofel: Manifesto do Eu

Tudofel: Manifesto do Eu: Pra começo de história, eu sou uma autarquia, tanto no sentido institucional quanto uma autonomia. Sendo uma instituição, mesmo consider...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Tudofel: Extra, extra! Banda Fator Rh de volta para gravaçã...

Tudofel: Extra, extra! Banda Fator Rh de volta para gravaçã...: Ensaios iniciais: ensaios caseiros de voz e violão para definição do repertório do disco-tributo do Fator Rh em memória de Segeste...

Tudofel: Tones of home

Tudofel: Tones of home: Final de tarde de domingo, início de dezembro de 1994. Estava na rodoviária de Teresina esperando o ônibus para retornar ao Crato, depo...

domingo, 7 de outubro de 2012

Tudofel: Elvis On My Mind

Tudofel: Elvis On My Mind:   Quando se aproxima o Natal eu tenho uma mania: ouvir incessantemente as músicas cantadas por Elvis Presley. A priori, todas es...

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Tudofel: Dê uma chance ao Crato (epílogo)

Tudofel: Dê uma chance ao Crato (epílogo): Para que a coisa pegasse fogo mesmo, muita lenha foi atirada na fogueira. E boa parte do combustível foi da nossa quota, quando, por ex...

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Tudofel: Dê uma chance ao Crato (2)

Tudofel: Dê uma chance ao Crato (2): No início da campanha eleitoral de 1988, não tínhamos certeza de nada: se perderíamos ou ganharíamos nem como chegaríamos na reta final...

Tudofel: Dê uma chance ao Crato (1)

Tudofel: Dê uma chance ao Crato (1): 1988 foi um ano interessante e agitado. Naquela época eu vivia uma fase boa e divertida. Foi o ano em que surgiu a banda Fator Rh, fo...

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Tudofel: Uma lição de mestre

Tudofel: Uma lição de mestre: No curso de graduação de História da URCA, um dos livros que mais me marcaram foi “Luzias e Saquaremas”, de Ilmar Rohloff de Mattos. O ...

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Tudofel: Fator Rh, o Poema

Tudofel: Fator Rh, o Poema: Nesses dias tortos, frios ou mornos, quando a cama vira uma nave e o olho abre sonolento, sem o bote daqueles dias decisivos, numa pra...

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Tudofel: Fim de Semana em Craterdã, final dos anos oitenta

Tudofel: Fim de Semana em Craterdã, final dos anos oitenta: Que tal, esta noite, ouvir uma jam session com Normando e Nicodemos, no Batente, sob o luar?  Antes, porém, vamos tomar uns trago...

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Tudofel: Eu boleiro

Tudofel: Eu boleiro: Relembro o momento em que fui tocado pela primeira vez pelos deuses da bola . A primeira lembrança é a Copa de 1970, quando o Brasil foi ...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

CONVITE DO ESPAÇO ZEN


O espaço Zen convida você e seus amigos a ver o novo trabalho do Shivam, "Desenvolvimento Pessoal".

Começará com uma Palestra Aberta dia 27/09, às 19 horas, onde ele irá expor o conteúdo do curso, preço e tempo de atuação.

CONVITE PARA ENCONTRO COM SHIVAM

Tema do Discurso: Oeste – Leste (Uma fala sobre a diferença básica entre o pensamento Oriental e Ocidental).

Neste encontro Shivam introduzirá um curso de Desenvolvimento Pessoal com duração de oito meses, uma vez por semana, levando você aos ventos da nova era inspirando nas fragrâncias
de mestres como o Buda e Patânjali.

Tópicos
- Como se desligar da mente.
- Como atingir melhor os seus objetivos.
- Como ficar mais tranquilo no dia a dia da vida moderna.

Data: 27 de setembro, próxima quinta, às 19 horas.
Local: ESPAÇO ZEN - Praça da Sé, 91, Crato.
Contatos: (88) 3587-3851 e (88) 8825 0493

Contamos com sua presença.

Tudofel: Barbárie e Civilização

Tudofel: Barbárie e Civilização: Ao contrário de quase todos os bárbaros da minha idade, aprendi a ler e escrever em casa, sob a orientação de minha irmã Teresinha. Tin...

domingo, 23 de setembro de 2012

Tudofel: Vou embora pro passado

Tudofel: Vou embora pro passado: Vou embora pro passado. Lá, eu sou amigo do réu, que foi condenado ao doce saudosismo das boas lembranças. Assistir, numa tv p&b, Perdid...

sábado, 22 de setembro de 2012

Tudofel: O doce mel da poesia

Tudofel: O doce mel da poesia: Senti afinidade com a poesia (ou vocação de arauto) desde o dia em que, com menos de cinco anos de idade, recitei um poeminha no progra...

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Tudofel: Um presente instigado do cidadão Evandro

Tudofel: Um presente instigado do cidadão Evandro: No final de julho, durante essa interminável greve das universidades federais, que (in)felizmente terminou agora, fui ver a banda ...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Tudofel: Um dente de leite por um sorvete

Tudofel: Um dente de leite por um sorvete: Quando meus primeiros dentes de leite amoleceram, meu pai fez comigo um acordo: para cada dentinho arrancado por ele eu ganharia u...

sábado, 15 de setembro de 2012

Tudofel: A garota mais linda da rua

Tudofel: A garota mais linda da rua: Creio que todos os homens têm bem nítida na memória a imagem indelével de uma mulher. Pode ser a própria mãe, e geralmente o é. Pode se...

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Tudofel: Viagem a Mauridérnia (Epílogo)

Tudofel: Viagem a Mauridérnia (Epílogo): Dia seguinte à manguaça que culminou no Posto Papai Noel, acordei com Geraldo Urano dizendo que tinha um pessoal querendo falar com a gen...

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Tudofel: Viagem à Mauridérnia (O entremeio)

Tudofel: Viagem à Mauridérnia (O entremeio): Dia seguinte, carregando uma caixa de livro, fomos falar com Socorro Moreira, gerente da agência local do Banco do Brasil e prima de G...

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Tudofel: Viagem à Mauridérnia (O encontro de poetas e o fra...

Tudofel: Viagem à Mauridérnia (O encontro de poetas e o fra...: O lançamento do livro de Geraldo Urano estava marcado para as vinte horas, em uma escola cujo nome não lembro. Chegamos um pou...

Tudofel: Viagem à Mauridérnia (A chegada)

Tudofel: Viagem à Mauridérnia (A chegada): Por volta do meio da tarde chegamos ao esperado destino. Fomos direto para o Hotel Frei Damião, conforme nosso contato tinha orienta...

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Tudofel: Viagem à Mauridérnia (A Ida)

Tudofel: Viagem à Mauridérnia (A Ida): Foto: Pachelly Jamacaru Geraldo Urano no Parque Municipal F evereiro de 1986. Eu, Geraldo Urano e Jackeline, atendendo a um convite ...

domingo, 9 de setembro de 2012

Tudofel: Para Paulo Rafael

Tudofel: Para Paulo Rafael: Um poema pro meu filho Tem que ser repleto Tem que ser achado Antes de ser descoberto Como é clara a sua aura Como chei...

Tudofel: Fator Rh in Assaré (Parte 1)

Tudofel: Fator Rh in Assaré (Parte 1): Soubemos que ia ter um festival de música em Assaré e nos inscrevemos na hora.   Fomos classificados e assim aconteceu essa históri...

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Tudofel: Passeio sentimental pelas ruas do Crato (A música ...

Tudofel: Passeio sentimental pelas ruas do Crato (A música ...: Prossegui o passeio, em busca do centro da cidade. Passei na loja de Amilton, que, além de receber pagamento de títulos e contas,...

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Tudofel: Passeio sentimental pelas ruas do Crato (A Feira d...

Tudofel: Passeio sentimental pelas ruas do Crato (A Feira d...: A Feira do Crato   já não e mais aquela do meu tempo de criança. Na década de 1970, a feira do ocupava as principais e centrais r...

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Tudofel: Passeio sentimental pelas ruas do Crato (Da Rua da...

Tudofel: Passeio sentimental pelas ruas do Crato (Da Rua da...: Do Largo da Rffsa decidi ir até a feira, hoje localizada na beira do canal, a partir do Mercado Walter Peixoto. Para chegar lá fui, i...

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Tudofel: Passeio sentimental pelas ruas do Crato (Parte I)

Tudofel: Passeio sentimental pelas ruas do Crato (Parte I): Aproveitei uma manhã de segunda-feira para fazer um périplo por algumas ruas do Crato. O ponto de partida foi a casa de minha mãe, ...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Tudofel: Licor de Jenipapo

Tudofel: Licor de Jenipapo: Tenho uma mancha escura na parte interna da coxa direita. Nasci com ela. Uma mancha escura no corpo de recém-nascidos é considerada u...

domingo, 2 de setembro de 2012

Tudofel: ... pelo “magro” placar de dez a zero

Tudofel: ... pelo “magro” placar de dez a zero: M eados os anos de 1980. Todas terças e quintas-feiras, por volta das dez horas da noite, havia um rachinha de futsal na Quadra Bicent...

sábado, 1 de setembro de 2012

Tudofel: Nossa Senhora da Penha

Tudofel: Nossa Senhora da Penha: Hoje é o Dia da Padroeira do Crato, Nossa Senhora da Penha. Como todo “bom” cratense, tenho uma devoção especial para com Ela. ...

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Programa To Be Or Not To Beatles, amanhã, dia 1º/9


Tudofel: Como selecionar dez canções dos Beatles para um pr...

Tudofel: Como selecionar dez canções dos Beatles para um pr...: Qual o critério para selecionar dez canções entre as centenas de pérolas musicais que compõem o repertório do fabuloso quarteto de Li...

Tudofel: Rua Cícero Araripe, 298

Tudofel: Rua Cícero Araripe, 298: A rua da casa da minha mãe era uma das mais tranquilas do bairro. Era até ser asfaltada recentemente. Sinal de progresso, muito festeja...

Tudofel: Rua Cícero Araripe, 298

Tudofel: Rua Cícero Araripe, 298: A rua da casa da minha mãe era uma das mais tranquilas do bairro. Era até ser asfaltada recentemente. Sinal de progresso, muito festeja...

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Tudofel: Porque hoje é sábado

Tudofel: Porque hoje é sábado: Porque hoje é sábado era um programa transmitido pela Tv Ceará no início da década de 1970. Era apresentado por Augusto Borges,...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Tudofel: Praça Cristo Rei

Tudofel: Praça Cristo Rei: Segundo o pequeno diário do meu pai, nasci na Maternidade Jesus, Maria e José, localizada na Praça Francisco Sá, que o senso comum...

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Tudofel: Pegadinha versus pé ligeiro

Tudofel: Pegadinha versus pé ligeiro: Prezadíssimos leitores, estamos mesmo no fim das eras. A considerar a falta de ética, a esculhambação reinante e o péssimo e duvido...

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Tudofel: Miró versus Patativa do Assaré

Tudofel: Miró versus Patativa do Assaré: Madrugada insone. Tela de tv impaciente. Sucedem-se os canais ao sabor do dedo nervoso que zapeia incontinente. Madrugada desinteress...

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tudofel: Confederação dos Cariris – Encontro dos Grupos Art...

Tudofel: Confederação dos Cariris – Encontro dos Grupos Art...: Já não tenho mais aquela memória primorosa de outrora. Mas algumas lembranças teimam em permanecer neste cérebro que já dá os primeir...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Tudofel: À boa memória do poeta Wilson Bernardo

Tudofel: À boa memória do poeta Wilson Bernardo:   Wilson Bernardo, que foi ator do Grupo Improviso Ação (GIA), que sempre foi poeta e que ultimamente vem se destacando como fotógr...

URCA reabre exposição temática sobre Luiz Gonzaga



Depois da repercussão e sucesso obtidos durante a última ExpoCrato, a Universidade Regional do Cariri - URCA promove mais uma temporada da exposição temática “(En)Canto: Natureza e Cultura do Araripe na Obra de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião”, alusiva ao centenário deste importante nome da música popular brasileira e responsável por um dos mais valiosos legados acerca da cultura nordestina.

A exposição dá lume às expressões populares decantadas com originalidade e encanto, revelando outras faces do Nordeste que Gonzaga ajudou a construir e divulgar.

Esta nova temporada da exposição, que acontece no hall de entrada do Campus do Pimenta da URCA, estará aberta ao público e se estenderá até o dia 13 de dezembro de 2012, data do centenário de nascimento de Luiz Gonzaga. E a cada dia 13 dos meses de setembro, outubro e novembro e no dia 13 de dezembro, data de culminância das homenagens prestadas pela URCA ao Rei do Baião, acontecerão apresentações envolvendo artistas e grupos culturais, bem como serão oferecidas atividades artísticas e educativas diversas, a exemplo de oficinas ministradas pelos monitores do GeoPark Araripe.

A exposição “(En)Canto: Natureza e Cultura do Araripe na Obra de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião”é uma realização da Universidade Regional do Cariri, através das pró reitorias de Extensão (Proex) e de Desenvolvimento Universitário (Produn), e do GeoPark Araripe; com apoio da Prefeitura Municipal de Exu (PE) e da ONG Parque Aza Branca, também de Exu.

A curadoria da exposição é dos professores Marcos Aurélio Moreira e Sandra Nancy Freire Bezerra.

A abertura da nova temporada da exposição“(En)Canto: Natureza e Cultura do Araripe na Obra de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião” aconteceu na noite de ontem (22) com as apresentações do Grupo de Dança do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) de Exu (PE); do Grupo de Flautistas Sabiás, do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), de Exu (PE), e da banda Seguidores do Rei, também de Exu (PE).

Na manhã de hoje e de amanhã (23 e 24), a programação de reabertura da exposição prossegue com a realização de oficinas de brinquedo e pintura, ministradas por bolsistas do Geopark.

As visitas das escolas à exposição podem ser agendadas através do telefone (88)3102.1200.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tudofel: GIA (Grupo Indepedente de Teatro Amador)

Tudofel: GIA (Grupo Indepedente de Teatro Amador): Em 1984, o Clube Literário do Crato rompeu com seu passado pastoral e se transmutou no Mutart (Grupo Mutação na Arte) e o grupo de teatro...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Tudofel: Movimentos culturais cratenses: início dos anos 80...

Tudofel: Movimentos culturais cratenses: início dos anos 80...: Em 1982, depois de um breve período de sonolência, a cena cultural cratense despertava preguiçosamente. Foi quando um grupo de adol...

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Tudofel: Irmãos Aniceto

Tudofel: Irmãos Aniceto: Começou ontem o Festival de Folclore do Cariri. O evento acontece, anualmente, há 37 anos, fundado por Elói Teles de Morais. Assist...

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Tudofel: Vera Gata (gata de verdade)

Tudofel: Vera Gata (gata de verdade): Nos primeiros shows da banda Fator Rh, no ano de 1988, as músicas tocadas eram, na sua maioria, de autoria do guitarrista Segestes To...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Tudofel: Sítio Macacos, Juazeiro do Norte: berço da banda F...

Tudofel: Sítio Macacos, Juazeiro do Norte: berço da banda F...: Em maio de 1988 nasceu a banda Fator Rh, sucessora legítima da banda Os Pombos Urbanos, primeira banda autoral de rock’n’roll do Ca...

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Tudofel: Um pouco de música, maestro Segestes Tocantins!

Tudofel: Um pouco de música, maestro Segestes Tocantins!: Clique no link pra ouvir: Choque Elétrico (Segestes Tocantins), com Carlos Rafael e Igor Arraes

Tudofel: Filho rebelde da tradição

Tudofel: Filho rebelde da tradição: Considero-me “filho rebelde da tradição”. E, de fato, o sou. Quem conhece bem o Crato, não precisa de maiores explicações para ente...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Tudofel: Os Pombos Urbanos batem asas, arrulham alto e sacode...

Tudofel: Os Pombos Urbanos batem asas, arrulham alto e sacode...: A banda Os Pombos Urbanos foi criada no segundo semestre de 1987, por mim e Nicodemos, e dela também fizeram parte Marcos Leonel, Seg...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Tudofel: Crônicas de uma geração: o Bar de Abidoral

Tudofel: Crônicas de uma geração: o Bar de Abidoral: O Abidoral do título é o mais conhecido Abidoral do Crato: Abidoral Rodrigues Jamacaru Filho, cantor e compositor, projetado a partir...

Tudofel: Meu tempo

Tudofel: Meu tempo: Uma brisa leve empurra o tempo, segundo a segundo, para longe do momento parado. É o tempo se afastando. Não se pode perdê-lo de vista pa...

domingo, 12 de agosto de 2012

Tudofel: Meu pai

Tudofel: Meu pai: Celebro o dia dos pais na memória. Uma boa memória do meu pai, Antônio Rafael Dias, nascido em 12 de maio de 1922, no sertão dos Inhamun...

Tudofel: A solidão dos vales (O Tancão)

Tudofel: A solidão dos vales (O Tancão):  Ia de encontro às águas e às magias que eram expelidas das entranhas serranas. Fazia o caminho inverso da civilização e do progresso huma...

sábado, 11 de agosto de 2012

Tudofel: Hare Krishna

Tudofel: Hare Krishna: No final de 1984, minha vida deu uma guinada. Foi quando me converti à religião Hare Krishna, que tinha ouvido falar pela primeira ve...

Tudofel: Movimentos culturais cratenses

Tudofel: Movimentos culturais cratenses: No Crato existe um movimento cíclico em torno da produção artística e do engajamento sócio-político-cultural. Nos anos 50 brilhava um...

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Tudofel: O dia que não vi Cássia Eller

Tudofel: O dia que não vi Cássia Eller: Era 1985 ou 1986. Não sei propriamente o ano. Mas foi bem próximo do poeta Geraldo Urano sair da órbita pública, vitimado por uma doenç...

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Tudofel: Música desde sempre

Tudofel: Música desde sempre: A música é uma das minhas grandes paixões. Música como passatempo. Música como informação. Música como terapia. Música como diversão. M...

Tudofel: O primeiro disco a gente nunca esquece

Tudofel: O primeiro disco a gente nunca esquece: Nobody's Fools, da banda Slade, foi o primeiro disco que comprei. Era por volta de 1977 quando meu irmão Orlando, que sempre gostou d...

Tudofel: Porque Terezinha de Jesus não cantou na Exposição ...

Tudofel: Porque Terezinha de Jesus não cantou na Exposição ...: Em época de Exposição do Crato, nos idos dos anos de 1980 (naquela época não se conhecia ainda o termo Expocrato), Francis Vale estava ...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Tudofel: A Folha de "Piqui"

Tudofel: A Folha de "Piqui": O jornal Folha de Piqui não tinha uma periodicidade certa. Dependia da procura de patrocinadores suficientes para bancar a tiragem de m...

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Tudofel: Rebelde com causa

Tudofel: Rebelde com causa: O ano de 1982 avançava apressado para o seu fim. Tinha 16 anos e aquela inquietude existencial comum a tal idade. Estava insatisfeito com...

Aquiles Salles no Cariri Encantado - Sonoridades ! desta quarta-feira!

Esse garoto esperto que aparece na foto acima é Aquiles Salles uma das grandes revelações da atual cena roqueira caririense. É com ele que converso e canto junto no programa Cariri Encantado desta quarta-feira, a partir das 14 horas pelas ondas sonoras da Rádio Educadora do Cariri. Você pode também nos ouvir pela rede mundial no endereço que segue: www.radioeducadora1020.com.br. Imperdível!

Tudofel: A lição das pedrinhas

Tudofel: A lição das pedrinhas: Em 1982, com dezesseis anos de idade, era um dos coordenadores do Movimento de Juventude do Crato, o MOJUCRA, órgão da Pastoral de Ju...

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Tudofel: Arrastaí!

Tudofel: Arrastaí!: Em 1979, no governo de João Figueiredo, derradeiro presidente da ditadura militar instaurada em 1964, foi concedida uma ampla anistia p...

Tudofel: A solidão dos vales (a cidade e a serra)

Tudofel: A solidão dos vales (a cidade e a serra): Uma parte da cidade do Crato estar situada em uma cavidade topográfica que lembra uma grande cratera. Na verdade, uma depressão que se ...

sábado, 4 de agosto de 2012

Tudofel: O doce mel da poesia

Tudofel: O doce mel da poesia: Senti afinidade com a poesia (ou vocação de arauto) desde o dia em que, com menos de cinco anos de idade, recitei um poeminha no progra...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Tudofel: Crônicas de uma geração: o baile Rock à Fantasia

Tudofel: Crônicas de uma geração: o baile Rock à Fantasia: E m 1986, quando o Bar de Abidoral cerrou suas portas, depois de um curto, mas 'intenso período de noites sequiosas e do mais puro(?...

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Lições de Tsunamis e Maremotos


Diante de todas as críticas, ante tantos detratores, temos que concordar, amigos: a EXPO/Crato  tem demonstrado uma pujança impressionante nos seus mais de sessenta anos de existência. Encravada estrategicamente  nas férias de meio de ano, quando incontáveis filhos da terra acorrem com saudades do Cariri, a Exposição  tem se fortalecido ano a ano,  batendo todos recordes de público , se comparada com outros eventos do Sul Cearense. Falar mal da Expocrato já se tornou quase um divertimento por estas bandas , já faz parte do cotidiano da nossa cidade e, a história tem demonstrado, apesar do olho de seca pimenta dos nossos conterrâneos, a Expô só tem prosperado. Sendo assim, diante da imunidade absoluta aos impropérios da população, me sinto à cavaleiro para também pinicar o oratório da nossa mais tradicional festa. Sei que pouca coisa há de mudar, que a festividade continuará com um público invejável e que os organizadores estarão se lixando para minha visão pessoal e realista. Mas que jeito, né? De tanto gritar no deserto a gente termina por se acostumar ao monólogo  e  a perceber miragens de  um tempo mais bonito e menos caótico.Pois aí vão algumas elucubrações de um velho meio ranheta—a quem interessar possa -- e que nas duas últimas Exposições se recusou a participar da pantomima.
                                               Continuo visceralmente contrário à terceirizações dos shows do Palco Principal.  Parece-me de uma imensa preguiça política a terceirização. Sob o pretexto de baratear a programação ao Estado, se obriga a população a engolir shows de péssima qualidade e a preços abusivos . E mais, o  estado se imiscui da sua função básica  de promover Política Cultural. É possível sim, trabalhar com projetos e fazer uma grade gratuita de shows de ótima qualidade como o Festival de Inverno de Garanhuns vem fazendo há vários anos. O que há por traz das negociatas das terceirizações ?
                                               Não existe nenhuma justificativa plausível para a total exclusão dos artistas caririenses na programação principal da Exposição do Crato. Quem decide pela imolação de tantos valores ? Os mesmos que nos palanques enchem a boca chamando  “Cidade da Cultura ? Que homenageiam o grande Gonzagão com o Forró de Plástico: sem Dominguinhos, sem Flávio Leandro , sem Waldonis, sem Flávio José ?  
                                               A mais popular das festas caririenses loteia o Parque Estadual  a preços caríssimos e que termina sendo bancados pelo povo.  Houve shows em que os ingressos chegaram a ser vendidos a mais de cem reais. As barracas do Palco principal cobravam mesas a cinqüenta reais, fora o consumo normal, um pratinho de petiscos vendia-se a quarenta e cinco pilas. Alguns visitantes propunham inclusive  trocar o nome do evento para Explora/ Crato. Espaço público utilizado numa festa pública com tantos envolvimentos do setor privado, como é feita a prestação de contas ?
                                               É de  uma total irresponsabilidade a sujeira do Parque. Sem depósitos adequados e sem a educação necessária, o lixo é jogado no chão e vai se acumulando dia após dia. No sábado aquilo já parecia um grande Lixão. Por que não há coleta sistemática e diária? A higiene da maior parte das barracas era de fazer engulhar. Quem deu o alvará para o funcionamento? Quem fiscaliza o uso e manuseio dos alimentos a serem preparados?
                                               Ficou para mim mais que provado que o atual Parque de Exposição não tem mais estrutura nenhuma para abrigar um evento de tamanha magnitude. O trânsito ficou extremamente caótico, o fluxo no próprio local , no penúltimo dia, estava praticamente impossível e o som das bandas infernizou a vida de toda uma população circunvizinha. A cidade cresceu muito nos últimos sessenta anos, é preciso sim, repensar o espaço. Vamos construir um outro fora da Cidade e pensar em utilizá-lo durante todo o ano em outras atividades. O atual pode se transformar num parque florestal urbano para os deleites de lazer do nosso povo e continuará, sim, presente nas nossas vidas e nas nossas tradições.
                                               Sei perfeitamente que escrevo essas palavras  sobre as águas. Têm a força de um instante líquido e fugaz. Mas deixem-me sonhar que terão o poder de chegar aos tímpanos do tempo com lições de tsunamis e de maremotos.

J. Flávio Vieira