Aos que virão!

Quer queiramos ou não, os mitos alimentam os nossos sonhos e justificam a nossa existência.
Este blog reverencia os mitos deste nosso Cariri Encantado.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Hoje, no Cariri Encantado - Sonoridades!


Hoje, no Cariri Encantado- Sonoridades, faremos a audição dirigida do Cd, Viva Patativa - com grande elenco de artistas cearenses interpretando a poesia do maior poeta sertanejo nordestino, o Patativa do Assaré.
As penas plúmbeas, as asas e cauda pretas da patativa, pássaro de canto enternecedor que habita as caatingas e matas do Nordeste brasileiro, batizaram poeta Antônio Gonçalves da Silva, conhecido em todo o Brasil como Patativa do Assaré, referência ao município que nasceu. Analfabeto "sem saber as letra onde mora ", como diz num de seus poemas, sua projeção em todo o Brasil se iniciou na década de 50, a partir da regravação de "Triste Partida", toada de retirante gravada por Luiz Gonzaga.
Filho do agricultor Pedro Gonçalves da Silva e de Maria Pereira da Silva, Patativa do Assaré veio ao mundo no dia 9 de março de 1909. Criado num ambiente de roça, na Serra de Santana, próximo a Assaré , seu pai morrera quando tinha apenas oito anos legando aos seus filhos Antônio, José, Pedro, Joaquim, e Maria o ofício da enxada, "arrastar cobra pros pés" , como se diz no sertão.
A sua vocação de poeta, cantador da existência e cronista das mazelas do mundo despertou cedo, aos cinco anos já exercitava seu versejar. A mesma infância que lhe testemunhou os primeiros versos presenciaria a perda da visão direita, em decorrência de uma doença, segundo ele, chamada "mal d'olhos".
Sua verve poética serviu vassala a denunciar injustiças sociais, propagando sempre a consciência e a perseverança do povo nordestino que sobrevive e dá sinais de bravura ao resistir ao condições climáticas e políticas desfavoráveis. A esse fato se refere a estrofe da música "Cabra da Peste":
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrê
Não nego meu sangue, não nego meu nome.
Olho para a fome , pergunto: que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."

Então, até lá!

Encontro Marcado
Cariri Encantado Sonoridades
Todas as quartas-feira, a partir das 14 horas
Pelas ondas sonoras da Raido Educadora do Cariri, 1020khz
Produção Oca e Revista Virtual CaririCult
Apresentação Luiz Carlos Salatiel

sexta-feira, 25 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pedra Noventa


Toda cidade cultiva cuidadosamente uma mitologia própria e muito peculiar. Durante a história de qualquer povo se vão juntando seres muitas vezes irreais, criados pelo inconsciente coletivo e alguns outros que certamente circularam por este mundo mas necessitaram ser maquiados com tintas surreais para alcançarem o status de mitos.Todas vilas, por menores que sejam, têm seus alicerces psicológicos calcados por seus Hércules, Ferrabraz , Dionísio, Pedro Malasartes, Prometeu e João Grilo. Esta mitologia projeta em todas as raças ares de grandeza , valentia, irreverência e nobreza. Quanto mais desenvolvida uma civilização , percebe-se, facilmente, mais complexos e poderosos são seus mitos e deuses.A mitologia fornece uma justificativa forte e irretorquível sobre as origens nem sempre publicáveis de um grande país e, também, acaba por justificar atos sociais e políticos , estabelecendo limites morais e éticos. Embrenhar-se em estudos mitológicos acaba sendo uma viagem clarividente em busca dos abismos da alma de uma nação.
Basta reparar bem para perceber que a doce irreverência cratense tem raízes fincadas num sem número de personagens míticos.Na sua maioria provieram das camadas mais baixas da população , mas apresentaram biografias tão interessantes que acabaram por serem alçados ao Olimpo. Sobrevivem aos políticos, aos afortunados e aos intelectuais que vêem invariavelmente seus nomes esmaecerem no máximo em três gerações. Imortalizam-se os mitos.Em cada esquina, em cada praça, eles são eternamente citados antes de se iniciar qualquer estória. Seus nomes são invocados numa espécie de oração profana, como se citassem referências científicas e bibliográficas que embasassem as narrativas e fofocas.O Crato tem um sem número deles : Capela, Antonio Cornim, Canena, Chico Soares, Melito, Josino, Ramiro para citar apenas alguns. Mantêm-se hoje próximo a Zeus mas bem vivos na mente e coração de todos os seus conterrâneos.Digo conterrâneos ,embora muitos sequer tenham nascidos aqui , mas terminaram sendo batizados pelas águas mornas do Rio Grangeiro.
Hoje vou lembrar de uma dessas personalidades. Um dos nossos maiores filósofos de rua. Chamava-se Joaquim Alves Correia e nasceu em 13/02/1913 em Assaré. Chegou em Crato ainda rapazinho e passou a morar no Seminário , nas proximidades da Igreja de São José. Casou por três vezes e povoou sua terra adotiva com 19 cratenses. Com este nome de Quinco certamente ninguém o reconheceria. Nosso mito imantou-se no espírito da cidade com o esdrúxulo nome de “NOVENTA” , justamente o número que carregava no boné de chapeado : a profissão que abraçou durante toda a vida.Figura atarracada e sanguínea mostrava-se muito delicado e paciente.Sua fineza de trato, no entanto, escondia um temperamento forte que soltava os cachorros com a mesma facilidade com que cultivava a educação. Falava com voz de barítono e de forma pausada e explicada como se mastigasse cada sílaba. Tinha fraseado fácil e destilava uma filosofia própria e bem humorada, juntando platéia rapidamente.Distinguia-se dos outros chapeados por uma característica inimaginável. Gostava de ler e aproveitava todas as revistas velhas que conseguia para manter-se atualizado. Esta peculiaridade lhe proporcionava galões próprios e não gostava de se misturar com os outros colegas que mal encetavam uma conversa mais séria. “Noventa” tinha uma carrocinha muito bem cuidada que usava na cidade para fazer pequenos carretos. À frente escrevera em letras bonitas, os seus rudes princípios de solidariedade : “ Uma mão lava a outra” . Os estudantes da cidade , cientes da resposta pronta e direta , perguntavam-no :
--- E as duas mãos, Noventa ?
A arremate não tardava :
--- Lava o rabo da mãe , meu filho !
Numa destes dias de sol de trincar azulejo, nosso chapeado empurrava sua carrocinha com uma cara emburrada, bem diferente daquela habitual que transportava. Um engraçadinho da cidade, interrogou-lhe sobre o que estava acontecendo. “Noventa” explicou que a cabeça rachava de enxaqueca. E tudo tendia para piora por conta do calor. O senhor então lhe lançou uma chacota :
--- Pois eu, Noventa, quando tou assim, é só ir para casa e fazer sexo com minha mulher que a dor passa num minuto.
O chapeado não perdoou :
--- É ... eu podia até passar na casa do senhor, mas não sei se sua mulherzinha tá lá agora....
“Noventa” tinha uma explicação plausível para tudo nesta vida. Sua concepção de saúde :
--- Quando vou ao banheiro sei logo se tou doente ou não. Tolete de gente sem morrinha quando cai na água da bacia da privada faz : “Tibummmmm” !
Gostava de pregar para platéia como se dirigisse a apóstolos. As pessoas não desviavam os olhos dele enquanto pregava. Extremamente diplomático, tratava todos os médicos delicadamente, antevia que mais cedo ou mais tarde iria precisar de consultas e internamentos. Satirizava-os assim com uma ironia fina e bem dosada :
--- Ô Bicho fino é doutor ! Doutor é bicho fino demais, meu senhor ! Você vai passando na rua com a patroa , se um cabrinha qualquer ao menos esticar os olhos pra ela , num brinque não : é tapa, é faca , é tiro ! Aí você leva a mulher pro doutor paga a consulta, ele mete os dedo nos “urinaro” dela, futuca pra cá, cutuca pra lá e a gente ainda agradece: Obrigado, doutor ! Ô Bicho fino é doutor, meu amigo ! Arrepare só : se a gente se mete em confusão ,larga a faca num sem vergonha qualquer, lá vem polícia, lá vem delegado, juiz. A gente é preso e pra sair é um trabalho danado. Já doutor mata, o povo enterra , num vem polícia, ninguém pergunta nem o que foi...Vixe que bicho fino é doutor !
“Noventa” subiu para o Olimpo em 18/02/1994. Seu espírito no entanto sobrevive em todos os bares, praças e ruas do Crato. Sua carrocinha já não cruza a cidade, mas a simples lembrança do nosso filósofo ambulante nos remete a uma época dourada da nossa vila. Se a mão do Crato deu-lhe guarida, a mão de Noventa povoou de mágicas e magias nossa mitologia, como ele previra : uma mão acabou lavando a outra !



J. Flávio Vieira

Sebasto de Todos os Santos - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Sebasto nasceu, viveu e morreu no Belmonte. Aquele sítio de antigamente, que possuía um pequeno açude que enchia e secava todos os dias: com as fontes da chapada do Araripe. Irrigava o canavial. Sebasto era do chão que deu a lima mais doce que um feliz do mundo jamais provou igual. Lima é o cítrico mais estranho que se conhece. Ela nunca é ácida, pode ter um travo amargo, nunca azedo. Sebasto era um santo do pé da serra.

Tinha uma relação íntima com a aguardente destilada ali mesma naquele engenho do Belmonte. A aguardente não embriagava Sebasto, ele era quem abria no seu corpo líquido as brechas da magia ultranatural. Pois sobrenatural já está contaminado pelo cinema de terror e ninguém iria me compreender direito. Era ultranatural, pois através da “piojota”, Sebasto ia além das encostas em que foi inventado. Adiantava-se às visões focais deste crônico glaucoma que acometeu a civilização do dinheiro e dos objetivos. Sebasto, tornava aquele destilado da cana num transporte aonde ia mais longe que todo mundo.

Muito mais que o intenso trânsito de burros entre a casa de farinha do Belmonte e as plantações de mandioca na planura da chapada. Pois era nas farinhadas, quando Sebasto montado em sua magia ultranatural, aproveitava a ajuntada de gente para fazer suas viagens mágicas, pelos mundos paralelos dos Cariris, dos africanos do Sahel, dos contos de fadas ibéricos que por si vinham dos gregos, romanos, germânicos e, por último, dos semitas. Mas naqueles idos dos anos 50 e 60 as visões ultranaturais de Sebasto eram de uma narrativa muito além do realismo fantástico. Eram um ultra-realismo fantástico.

Ninguém mais compreendia os bonecos que hoje dizem mamulengo, mas não me lembro de assim o povo os chamarem. Sebasto era um pouco do enredador Casemiro, tinha algo de príncipe e, também, da paixão da donzela. Jamais se viu outra platéia igual àquela. E parte mais viva da platéia não era a coletiva, era um só que parecia se multiplicar na sessão dos bonecos.

Sebasto era a expressão teológica mais pura do que de fato é o cristianismo. Especialmente o católico. Explico-me. Ou, melhor, explico o Sebasto. Todos sabemos que a base da religiosidade judaico-greco-romana é de origem da mesopotâmia: monoteísta. Se pegarmos a primeira perna, a judaica, é puramente monoteísta, com seus profetas a educar, por parábolas, as regras da unicidade. Os muçulmanos, pois é esta a natureza dos semitas, são iguais. Já o cristianismo, com o catolicismo em extremo, tem as demais pernas e delas importou o politeísmo. Eis o que são os santos.

Sebasto dizia que Deus era neutro. Tinha criado o mundo e deixou que ele rolasse por vontade própria. Nunca intervém para não modificar este movimento que ele mesmo deu por autonomia. Deus não protege, em especial, a ninguém. Isso seria tomar partido. Por isso é que os humanos têm que falar com os santos. Eles são os mensageiros entre a humanidade e Deus. Sebasto, como todo mundo católico e ortodoxo, reza para os santos. Só através deles podem conquistar alguns adjetivos atribuídos a Deus, que Sebasto dizia que não eram dele, Deus não pode ser adjetivado. Aqueles atributos de amor infinito, de piedade, de perdão, de tudo que é atitude e ação, não eram de Deus, mas dos santos.

Sebasto, acho, era mágico na sua visão de mundo, mas realista na visão dos humanos: afinal os santos só possuíam aqueles adjetivos porque nasceram mortais como todos nós.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Cariri Encantado - Sonoridades! recebe LENINHA LINARD


A presença feminina na construção da musicalidade caririense é marcante quando se trata das manifestações folclóricas. Veja como exemplo, a Dona Margarida no Reisado, a Dona Isabel, companheira do Mestre Aldenir ou ainda alegria contagiante da Mestra Zulene Galdino com os seus ensinamentos junto às crianças da Vila Novo Horizonte, para citar algumas.

Quando se trata de uma música mais urbana e moderna, entretanto, são poucos os trabalhos de expressão. Exceção que seja ao trabalho desenvolvido por Leninha Linard, uma herdeira legítima da família Linard que traz em seu DNA acordes tirados da sanfona do papai Hugo, desde os remotos tempos da Banda Asses do Ritmo sob o comando do Seu Irineu, seu avô.

Leninha Linard, que muito cedo apareceu com uma voz de timbre belo e afinado cantando nas festas dos melhores clubes caririenses, revelou-se também uma compositora de talento. Registrou no Cd “Brincando de Forrozar” algumas dessas composições que ouviremos ao longo do nosso programa.


ENCONTRO MARCADO
Programa Radiofônico Cariri Encantado – Sonoridades!
A partir das 14 horas pelas ondas sonoras da Radio Educadora do Cariri
Uma parceria Rádio Educadora do Cariri e CCBNB-Cariri
Produção: OCA e Revista Virtual CaririCult
Apresentação Luiz Carlos Salatiel


Para ouvir pela internet vá para o link:
http://cratinho.blogspot.com/

sexta-feira, 18 de junho de 2010

CARIRI ENCANTADO – Protagonistas!

A IGREJA E A CIDADE REVELADA PELO MEMORIALISTA ARMANDO RAFAEL
Nesta sexta, dia 18 de junho, quando estamos na semana que festeja os 246 anos de emancipação política do Crato, receberemos em nossa sala de visitas, para uma conversa temática e esclarecedora, o memorialista e historiador ARMANDO LOPES RAFAEL.

O mote do programa diz respeito à importância da presença histórica da Igreja Católica desde a sua fundação pelo Frei Capuchinho italiano Carlos Maria de Ferrara até os dias atuais, quando do bispado de outro italiano Dom Fernando Panico.

O historiador Armando Rafael tem se mostrado um dedicado pesquisador, conhecedor e divulgador dos trabalhos relacionados à Igreja Católica e, por isso mesmo, o programa promete ser muito bom.

Para coincidir com o tema e homenageando a nossa querida urbe, o Crato estará nas músicas de Zé Nilton Figueiredo, Correinha, Hildelito Parente, Coral da Scac e Banda de Música Municipal.

ENCONTRO MARCADO
Programa radiofônico CARIRI ENCANTADO – PROTAGONISTAS
A partir das 14 horas pelas ondas da Rádio Educadora do Cariri, 1020 Khz
Produção: Oca – Officinas de Cultura e Artes e Revista Virtual CaririCult
Apresentação: Luiz Carlos Salatiel

FOTO: Dihelson Mendonça

quarta-feira, 16 de junho de 2010

PROJETO PROGRAMA RAPADURA CULTURARTE

DATA: 20 DE JUNHO DE 2010
HORÁRIO: 20:00h – LOCAL: Praça da Sé
CRATO – CARIRI – CEARÁ – BRASIL


PROGRAMAÇÃO
- Crônica : Eu sou do Crato – Autor: José Hamilton de Lima Barros
- Crônica : Eu Vi! – Autor: Jorge Carvalho
- Apresentação da Banda de Musica do Pe. Pio – Jucas-CE

Francisco Jorge Carvalho
Coordenador

Cariri Encantado - Sonoridades!


No programa Cariri Encantado- Sonoridades desta quarta-feira, dia 16 de junho, dividiremos com os ouvintes a audição do CD "Às Claras" do excelente cantor e compositor Bá Freire.
Do blogger PEDUVIDO, do Marcos Leonel, tomamos emprestado comentário abaixo:

“Às Claras” é uma espécie de balanço geral de todas essas experiências. É um disco que tem bossa, samba, xote, bolero, funk e baladas, além da étnica “Bahia Lugar de Amor”, faixa que fecha o disco, apontando para uma mistura de ritmos e culturas. Todas as faixas do disco respiram, inspiram e transpiram a brasilidade musical de Ba Freyre, formado na escola nordestina de Luiz Gonzaga e Hermeto Pascoal, bem como no delírio harmônico da bossa-nova. O disco conta com o apoio dos músicos Ítalo Almeida, teclados e arranjos; Cainã Cavalcante, violões, guitarras, cavaquinhos e violas; e Miguéias de Sousa, baixo.
Os destaques vão para as faixas “Acender”, um sambossa de harmonia elegante e melodia sofisticada; “O canto da volta”, um baião irresistível, cheio de manhas e malandragens de quem conhece esse ritmo com identidade legítima; “Toma lá dá cá”, um sambafunk com groove classudo, cheio de grife brasileira; “Deusa do Oriente”, uma pegada étnica com swuingue policultural, com ecos da África e de Cuba; “Céu da boca”, uma parceria minha e dele, nascida na mansidão do Parque Ibirapuera, de São Paulo, em uma tarde inesquecível: pelas cores, pelos brilhos, pela viagem, e pela amizade selada em grande harmonia.

“Flor da Magia” é uma faixa que merece destaque especial, pela sua harmonia e pela sua melodia, além da interpretação inspirada de Ba Freyre. A letra é de Zeca Bahia, autor de várias músicas inesquecíveis, como “Porto Solidão”. O tratamento acústico dado a essa composição faz dela uma das grandes canções de 2008. Essa é uma grande composição, rara em nosso cenário atual e que confirma o talento nato de compositor desse paraibano de Souza. Além de todo esse talento indiscutível, Ba é um músico extremamente moderno e um cantor de mão-cheia, com uma afinação perfeita e um timbre de voz que recebeu com agrado a generosidade do tempo. É com uma satisfação imensa que eu digo: que bom rever você meu amigo!

Então, temos um encontro marcado:

Programa Radiofônico Cariri Encantado - Sonoridades
A partir das 14 horas pelas ondas sonoras da Radio Educadora do Cariri, 1010 Khz
Produção: Oca Officinas de Cultura e Artes e Revista Virtual CaririCult
Apoio Cultural do CCBNB-Cariri e Rádio Educadora do Cariri
Apresentação: Luiz Carlos Salatiel
Você pode ouvir este programa na internet através do link que segue:

terça-feira, 8 de junho de 2010

Cariri Encantado- SONORIDADES, recebe Abidoral Jamacaru


“Canto. E de canto em canto sou um dos quantos estende a voz por tantos.
Norte. Eu procuro o Norte. Mais vale quem não espera a sorte...”

Lá de DentroLetra e Música de Abidoral Jamacaru

Nunca é demais conversar com o nosso moderno menestrel Abidoral Jamacaru. Então, a gente vai esmiuçar, nesta quarta-feira, dia 09.06, a vida sonora desse que de vez em quando nos faz lembrar-se do Cavaleiro da Triste Figura – Dom Quixote – de Miguel de Cervantes, por sua já lendária luta contra todos os processos injustos que escanteiam a nobre arte musical dos artistas independentes.
Nem precisa dizer que a conversa e a música serão das melhores.

Programa Radiofônico CARIRI ENCANTADO-SONORIDADES!
A partir das 14 horas, pela Radio Educadora do Cariri, 1020 kHz
Produção: Oca e Revista Virtual CaririCult
Apoio Cultural: CCBNB-Cariri e Radio Educadora do Cariri
Apresentação: Luiz Carlos Salatiel

MENSAGEM POÉTICA DO POETA


I
Caríssimo Duende-Mor do Vale Encantado,
estou ansioso de alma e coração
pelo singelo papiro de Honra ao Mérito
impresso pelos ares encantados
dessas terras sobrenaturais.

II
Caríssimo Duende-Mor do Vale Encantado,
peço encarecidamente
que chegue em asas de pégaso
(ou por sedex)
a valiosa homenagem
em tinta,
grafia
e texturas
mágicas

conferida a este encabulado poeta
honrado por tal lembrança.

PS:
Caso venha nas asas do pégaso
sobre o telhado há estrelas e orvalho
iguarias místicas da noite poética.

Tenho certeza que se fartará
o bom pégaso asas de fogo.

Salatiel, Luz!

Outro fraterno abraço.

O poeta

domingo, 6 de junho de 2010

Vive la Différence!


A quem possa interessar.
Faz tempo que deixei de gostar dos shows que acontecem na Expocrato. Apenas a possibilidade de reencontrar alguns amigos não me faz perder todo o interesse pela festa. Aqueles espetáculos ridículos de cantores gasguitas com bailarinas de bundas expostas regados a alcool, aditivos, barbitúricos e outras drogas só se afinam mesmo com o que lá se ouve. Salvam-se alguns palcos menores como os da Rapadura Cultural, da Fundação Mestre Elói ou, se acontece, o da Urca (?).
Quando na época - alguns anos atrás -se tentou brigar por um palco onde a nossa musicalidade se inseria - movimento gestado pelo Coletivo Camaradas, Alexandre Lucas e outros artistas - eu não me envolvi porque sabia que não queria minha música fazendo parte desse "negócio".
Houve uma rara exceção em que a ExpoCrato foi diferente: Rosemberg Cariry foi Secretário de Cultura e redefiniu a participação dos artistas locais e nacionais.
Hoje você compra a festa do poder público e faz dela o que bem entender, contanto que dê lucro, afinal nosso estado capitalista só enxerga a força da grana "que ergue e destrói coisas belas".
O meu trabalho artístico/musical não serve para essa enorme "churrascaria". Quase nunca faço shows fora de teatro.
É perda de tempo brigar por espaço nesse modelo de gestão de uma Expocrato onde se vende e se compra tudo, menos minha arte.
Para que tenhamos noção comparativa do que se faz dela e do que poderia ser feito, acessemos os sites da ExpoCrato 2009 e do FIG - Festival de Inverno de Garanhuns 2009, que acontecem no mesmo período, recebem apoio dos governos federal e estadual e concorrem a editais para outros patrocínios.
ACESSEM:

Festival de Inverno de Garanhuns:
http://www.fig.com.br/programacao.php

EXPOCRATO:
http://www.expocrato.org.br

sábado, 5 de junho de 2010

Visitando Karimai


Quando um mestre se pronuncia tudo se aquieta. O sol do final de tarde torna-se mais brilhante. Aquele passarinho na mangueira do quintal canta mais bonito e altaneiro. O vento, quase sempre irritante, vira brisa suave. E a noite desce sem pressa e sem aquele breu assustador.

Esta foi a sensação que se apoderou de mim e, com certeza, de todos os que estavam comigo – Salatiel, Zé Flávio e Reginaldo – na visita ao mestre Luiz Karimai. Foi neste final de tarde de feriado de Corpus Christi. Salatiel me ligou convidando pra visitar Luiz Karimai, que anda um pouco adoentado (ah, essas intempéries da vida). Fomos, pois, no carro de Zé Flávio. Destino: rua João Henrique Brasileiro, 596, Tiradentes, Juazeiro do Norte. Lá mora um mestre. Ou melhor, o mestre Karimai. Lá funciona o seu ateliê de vida e de sabedoria. “Lá o Tsé manifesta”. Lá o tempo pára esperando que a pressa se canse. O tempo é uma ampulheta nas mãos do mestre.

Salatiel levou umas oferendas: uma camiseta da copa e um estojo de lápis colorido. Zé Flávio, como um bom mecenas, escolheu “dois karimais”, retirando-os da parede como quem pega, naturalmente, dois pacotes de arroz integral da prateleira. Eu tentei fechar os olhos pra tão-somente ouvir o mestre falando. Karimai falou sem parar. Mas falou sem pressa, pausadamente e com o coração latente.

O cérebro do “japinha” é genial, como bem observou Zé Flávio, já na volta. Quem pouco falou foi Reginaldo (mas esse é discípulo e discípulo pouco fala).

Foto: Luiz Carlos Salatiel

Comentários

Dihelson Mendonça disse...

Aos deuses, as oferendas. Karimai é um deus na sua arte. O Cariri precisa antes que seja tarde, reconhecer e valorizar mais o trabalho desse mestre incontestável. Não tenho a menor dúvida de que seus trabalhos em breve estarão lado a lado com os maiores de todos os tempos naquilo que ele faz.

Karimai, receba todo o meu carinho e afeto.

Dihelson Mendonça

3 de junho de 2010 21:16

LUIZ CARLOS SALATIEL disse...

Na verdade, verdadeira, também fomos entregar o diploma de Honra ao Mérito da nossa "Celebração do Encantamento! Mas conversamos sobre muita coisa e nos emocionamos muito em vê-lo com o espírito emanando uma luz de paz e serenidade.

3 de junho de 2010 21:50

Socorro Moreira disse...

Estivemos na casa de Zé Flávio , nesse momento da visita de vocês à Karimai.Fomos recebidos , simpaticamente por Fabiana.

Karimai foi lembrado com a devoção que ele merece !

3 de junho de 2010 20:46

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Eu não queria menosprezar o meste. Afinal ele foi o motivo. Mas como gostaria de estar neste mesmo carro, na companhia desta turma.

3 de junho de 2010 22:05

Edilma disse...

Karimai,

Pintor surrealista, oriental radicado em Juazeiro, o conheci no Crato ministrando aulas de pintura. E em outras oportunidades em Fortaleza.

Dono de um colorido rico nos detalhes do seu desenho.

A turma da visita e ao Karimai,

O meu abraço!

3 de junho de 2010 22:37

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Luiz Karimai nos recebe com muita alegria!

Luiz Karimai é nascido em Lavínia (SP). Nos anos 70, em viagem pelo Nordeste brasileiro passou pelo Juazeiro em busca de dados, fatos, fotos e depoimentos para uma pesquisa que fundamentaria um estudo sociológico para o curso que frequentava na USP-SP. Aí se encantou ao conhecer Penha, uma descendente de índios Kariris. Com Penha, Luiz Karimai teve filhos que já tiveram filhos, seus netos. Iniciou-se na arte do desenho ainda em São Paulo mas aqui no cariri é que sua arte ganhou o poder dos traços delicados em penas com nanquin, as cores em equilibrio do laranja, ocre e verde que predominam nos seus trabalhos e as paisagens caririzeiras. Muitos artistas se iniciaram no seu ateliê com as oficinas de arte que ministrava. Luiz Karimai é o mais reconhecido e admirado artista plástico da nossa geração. Seus trabalhos já ganharam o mundo em exposições individuais, coletivas e por aquisições de colecionadores. Luiz Karimai é uma espécie de missionário quando fala de terra,ser humano e transcêndência. É por esta razão que Luiz Karimai merceceu e recebeu o nosso diploma de Honra ao Mérito Artístico e Cultural’” na nossa “Celebração do Encantamento”, no último dia 29 de maio.

(a foto, que ilustra esta postagem, foi feita por Reginaldo Farias quando da nossa visita (Salatiel, Zé Flávio, Carlos Rafael) ao querido Luiz Karimai para a entrega do certificado do programa Cariri Encantado)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Meio Ambiente também no Cariri Encantado-Protagonistas!



Sem o modismo em que se revestiu o tema Meio Ambiente na mídia, o papo vai rolar no Cariri Encantado desta sexta-feira, dia 04 de junho.
A conversa é com o cineasta ambientalista Jefferson Júnior que está editando a primeira parte do seu filme sobre o ciclo da Chapada do Araripe e com o Ed Alencar, eco-radialista neto do seu Jefferson da Franca Alencar, que em vida preservou uma reserva ambiental no sítio Fundão onde morava.

Encontro Marcado:
Cariri Encantado é o programa radifônico das tardes das sextas-feiras, transmitido pela Radio Educadora do Cariri a partir das 14 horas. Uma parceria do CCBNB-Cariri com a Radio Educadora do Cariri. Produção Oca-Officinas de Cultura Artes & Produtos derivados e a revista virtural CaririCult.
Apresentação: Luiz Carlos Salatiel

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Rabecas e Rabequeiros no Cariri Encantado-Sonoridades!


Hoje, no nosso Cariri Encantado-Sonoridades, a gente vai se entreter com as rabecas e rabequeiros nordestinos.

A palavra rabeca foi usada durante a idade média para designar um Rebab, instrumento importado do Norte da África. Posteriormente, passou a designar qualquer instrumento folclórico parecido com o violino de cultura popular. De timbre mais baixo que o do violino, tem um som fanhoso e sentido como tristonho. Suas quatro cordas de tripa são afinadas, por quintas, em sol-ré-lá-mi.
O tocador encosta a rabeca no braço e no peito, friccionando suas cordas com arco de crina, untado no breu. É juntamente com a viola, um instrumento tradicional dos cantadores nordestinos do Brasil.

E, dentre tantos mestre, a maior autoridade é o nosso querido Cego Oliveira (na foto) que, a respeito dele, muito bem disse o poeta e escritor Oswald Barroso:

"Bramido da terra se partindo. Negra luz parida das entranhas cegas de seus olhos. Na garganta trovão reboante de quatro séculos, ronco do sertão desentranhado. Força terrivel da matéria animada, cego cantador de feira, Oliveira: Mais terrível Ferrabrás."
Oswald Barroso

ENCONTRO MARCADO:
Programa radiofônico Cariri Encantado - Sonoridades
A partir das 14 horas, pela Radio Educadora do Cariri -1020 khz
Uma parceria do CCBNB-Cariri e Radio Educadora do Cariri
Produção da Oca-Officinas de Cultura, Artes & Produtos derivados
e da Revista Virtual CaririCult.
Apresentação: Luiz Carlos Salatiel

terça-feira, 1 de junho de 2010

Comentário sobre a Celebração do Encantamento*

Claude Bloc disse...


Fantastique!!!!!!

Uma pena que eu não pudesse estar presente em Crato e me re-encantar com tanta gente linda.

Fica, porém, meu abraço, meu encantamento, meu carinho...


* Publicado no Cariricult

Comentários sobre a Celebração do Encantamento*

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Eu só queria nesta manhã de domingo, quando todos ainda dormem da festa, dizer que tão distante como estou, sinto o vibrar da vida na minha terra. Isso mesmo, sem medo de mostrar quem somos e como somos. AVANTE CAMARADAS! Opa! Com graças a Deus e humildade.
30 Maio, 2010 10:10


Daniel Boris (Jacques) disse...

Quero parabenizar pela grande e comentada festa do seio artístico. O Crato há tempos que merecia e merece uma festa deste porte. Espero que seja a primeira de muitas. Aproveito o ensejo para pedir desculpas pela minha ausência, já que faço parte da classe. Fico ao inteiro dispor do que for necessário em ajudá-los. Mais uma vez, PARABÉNS e aplaudo de pé. Um forte abraço.
31 Maio, 2010 00:12


Amélia Coelho disse...

Me sinto realizada como fã e artista por ter participado de uma grande celebração das artes, da amizade, do respeito e do carinho pelo nosso Povo Cariri!!! Vida longa ao Cariri Encantado!!
31 Maio, 2010 20:39

 
* Publicados no Blogue Cariricult

CRÔNICA DE OLIVAL HONOR

A CELEBRAÇÃO DO ENCANTAMENTO

(Lida pelo radialista Heron Aquino como "A Crônica da Cidade" no programa radiofônico veiculado pela Radio Educadora do Cariri, no dia 01 de junho de 2010, ao meio dia e trinta minutos)

Foi no último sábado deste recém-findo mês de maio, quando o Crato Tênis Clube completou sessenta anos de fundação. Por inspiração de dois dos mais brilhantes intelectuais de nossa cidade – Luiz Carlos Salatiel e Carlos Rafael Dias- promoveu-se nos salões da querida agremiação recreativa, um inédito evento que se chamou com rara e feliz propriedade “A Celebração do Encantamento”.
Inicio parabenizando os dois jovens idealistas das artes em nossa terra, pela escolha da denominação. Encantamento é um substantivo mágico, síntese de emoções exclusivas a pessoas especiais. Sua formação vernácula tem raízes profundas no cadinho das sensitivas que habitam a alma humana. O seu poder de sensibilizar é ainda um mistério que a psicologia procura em vão esclarecer. Encantar seria mudar a roupagem das idéias e transportá-las para outra esfera do entendimento, onde a presença do belo contagia os conceitos e suas variações infinitas criadas pelas artes e pela cultura que lhes dão legitimidade. São essas infinitas variações as responsáveis pelo sucesso dos eventos puramente espiritual, como ocorreu sábado. Os que ali compareceram, homenageados ou não, de lá saíram encantados, graças exatamente a esse doce mistério que envolve as produções artísticas ou literárias. Esse fenômeno – é preciso que se diga- é gerado pela mágica que transforma palavras em poemas, conceitos em preceitos, ganga bruto em gema rara lapidada pelas mãos do artista.
Os dois consagrados intelectuais – Luiz Carlos e Carlos Rafael – são mentores e dirigentes da Oca –Officinas de Cultura, Artes e da revista virtual CaririCult, que inspiram e desenvolvem atividades culturais abrangentes, homenageando e oferecendo espaço àqueles que se dedicam ao exercício de suas variações artísticas.
Pelo dito e pelo muito que ficou a dizer, estamos de parabéns, eles e todos nós, os amantes das artes e da cultura.
Crato, 01-junho -2010
Olival Honor
Esta postagem está sendo publicada por solicitação do autor.

Sentimo-nos alegres e cheios de orgulho pelas palavras tão carinhosas deste cronista que aprendemos a admirar.
Luiz Carlos Salatiel e Carlos Rafael Dias

Comentários sobre a Celebração do Encantamento*

Edilma disse...

Salatiel,

Obrigada pela noite especial e pela homenagem.

Estou a sua disposição para fazer valer a cultura da nossa terra.

Ficou muita saudade.

Grande abraço!


Dihelson Mendonça disse...

Rafael, no mesmo link, na sequencia, tem outro link que dá pra 48 fotos do evento. Pela exiguidade do espaço, eu não publiquei, mas pode ser visto na galeria. Muitas pessoas que não foram vistas nas fotos "básicas" estão lá na galeria.

Posteriormente estarei disponibilizando uma versão em DVD para o Luiz Carlos, e aí quem quiser, pode pegar as suas fotos. Edilma também me pediu umas fotos.

De antemão, eu digo que as fotos como podem ver, não ficaram lá esses "balaios" também pela luz não apropriada do local.

Abraços,

Dihelson Mendonça

* Publicados no blogue Cariricaturas

Comentário sobre a Celebração do Encantamento*


Foto: Diheson Mendonça

Ulisses Germano disse...
O poeta Pedro Bandeira um dia me disse recentemente antes de uma apresentação de Bule Bule no SESC do Juazeiro: "- Ulisses a gente precisa se misturar!". Dias depois na Celebração do Encantamento a poetisa Socorro Moreira me abraça e diz em tom de brincadeira: "Ulisses a gente precisa é se misturar!" Para mim não se trata de uma mera coincidência, isto significa que estamos antenados - o chão que a gente pisa é o mesmo chão pisado por todos os seres vivos deste planeta azul e os símbolos são formados pela união de duas partes que se encaixam formando novo significado bem mais abrangente.... Carlos Henrique, Josenir Lacerda, Bastinha, nosso mestre Jairo, Mestre Aldenir e tantos!!! no próximo encontro certamente a mistura estará bem maior e cheia de encantamentos na sala democrática do nosso SALATIEL!

* Publicado neste blogue Cariri Encantado

Prefeito Samuel Araripe e Primeira Dama Parabenizam "A Celebração do Encantamento"

O prefeito do Crato, Samuel Araripe, nas atribuições a que lhe compete o cargo de gestor do município, e a Primeira Dama Mônica Araripe, vêm de público parabenizar os organizadores do brilhante evento intitulado "A celebração do Encantamento" realizado no último sábado no salão nobre do Crato Tênis Clube, em que foi exaltada a Arte e a Cultura caririense, bem como foram homenageados aqueles que as executam e que executaram. Entendemos que a cultura de um povo é o seu maior patrimônio, e o legado deste, que permanece como um sólido refúgio de identidade para as futuras gerações. Ao promovermos a Arte e a Cultura, independentemente se de iniciativa pública ou privada, estamos provendo meios para que uma nação se eternize nas páginas da história. Não foi senão pelos grandes ícones das artes, que construímos toda uma civilização de progresso, de idéias e de desenvolvimento. Portanto, saber enaltecer os valores culturais de um povo, é o primeiro passo para a sua sobrevivência. Ficamos muito felizes em compartilhar as alegrias por um evento de tal magnitude, pelo fato de nós mesmos de tantos modos, estarmos alinhados com esse mesmo propósito, ao procurar restabelecer através da criação de inúmeros mecanismos culturais em nosso município, quer sejam físicos, como o Teatro Municipal Salviano Saraiva, e o Centro Cultural do Araripe, dentre outros, à promoção de eventos de natureza cultural e festiva, a exemplo do Festival da Canção, do calendário cultural do Crato, e o apoio perene às iniciativas culturais, no sentido de promover o renascimento e a descoberta de outros tantos valores da nossa terra, bem como a valorização dos grandes ícones de ontem e de hoje. Por entendermos dessa forma, nos irmanamos ao sentimento de alegria e de reconhecimento festejado pela entrega do diploma de honra ao mérito aos homenageados da noite, que tão bem o merecem. Fica portanto aqui registrada a nossa alegria por tão nobre e brilhante idéia, e que possamos futuramente estarmos juntos em outras tantas iniciativas que vierem no sentido de valorizar a Arte e a Cultura do Cariri e de uma forma muito especial, da cidade do Crato, berço de toda a cultura e da civilização caririense.

Samuel Araripe e Mônica Araripe

Postado por Dihelson Mendonça no Blog do Crato